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Jardim do Anahata

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Elsbeth Willecke

Os quatro reinos na natureza – O Reino Animal

9 de dezembro de 2020 by Elsbeth Willecke

Caracterizar um animal não é tão simples como parece. Isto porque a classificação do Reino Animal – na Escala Taxonômica Zoológica – é muito extensa. Nela encontramos formas de vida simples e unicelulares chamadas de protistas; formas intermediárias como os moluscos e outros invertebrados; formas mais elaboradas como peixes, répteis e aves, junto com a complexidade dos mamíferos, que por sua vez novamente se dividem em inúmeras ordens, espécies e tipos.

Todavia, observamos na Escala Zoológica algo parecido com a Escala Botânica. As formas mais simples – os invertebrados – tendem a se assemelhar mais com as plantas, e as formas mais complexas – os vertebrados, em especial os mamíferos – tendem a se assemelhar cada vez mais aos Humanos.

A partir da visão da Antroposofia e outras mais, o Animal é um ser dotado de anima, palavra latina que deu origem tanto ao termo animal, quanto ao termos alma, animação e ânimo.

Tradicionalmente, na Alquimia, o elemento ligado aos animais é o Ar.

Portanto, o animal é um ser vivo dotado de alma, uma entidade aeriforme, caracterizada por reagir perante o mundo através de sensações e emoções. Para que o animal possa ter sensações ele terá que ter desenvolvido segundo a sua espécie, órgãos para tal, como o sistema nervoso, por exemplo. Em função deste sistema nervoso, o animal se torna capaz de reagir emotivamente ao mundo. Ele pode sentir emoções básicas que não devem ser confundidas com sentimentos, que são atribuições exclusivas dos humanos.

As emoções básicas que um animal é capaz de sentir, assim superando um vegetal, são: medo, raiva, dor, prazer, satisfação, incômodo, etc. Os sentimentos que têm uma característica humana são formas muito mais complexas de movimentos da Alma, permeados de um intercâmbio mental. São projeções no tempo e no espaço, de um modo tal que o animal não é capaz de elaborar, como: esperança, gratidão, veneração, desesperança, temor, apreciação estética, etc. Os seres humanos podem partilhar todas estas emoções básicas com os animais, mas estes não podem partilhar plenamente com o Homem a sua espiritualidade interior, a qual deixa a Alma Humana ampliada, tornando-a mais complicada que a do animal.

Carolus Linneus, que procurou classificar todas as formas de vida segundo as diferentes escalas taxonômicas, escreveu no século 18: “os minerais existem, os vegetais existem e crescem, os animais existem, crescem e sentem”. Assim, o animal tem a capacidade de sentir o mundo e reagir. A reação do animal perante o mundo, no entanto, nunca é racional e planejada como seria a do homem, mas segue determinados padrões de comportamento, prévia e profundamente inseridos no ser e uniformes para todos os animais da mesma espécie, chamados de instintos animais.

O mistério por trás do comportamento instintivo dos animais, que faz com que as espécies tenham um comportamento padronizado como os pássaros, por exemplo, que voam aos milhares durante o dia em direção ao norte, atravessando continentes e oceanos de um modo invariável e comum, caracteriza a sua ALMA GRUPAL.

Os animais não podem criar novos padrões ou novas soluções além daquelas que a natureza já implantou e programou dentro da estrutura do seu ser.

Por que então os golfinhos e outros mamíferos cetáceos, que tem um cérebro maior e mais neurônios que o cérebro humano, não elaboram arte, filosofia, ciência, religião e não dominam o planeta como uma espécie mais inteligente? Porque, apesar de terem um cérebro maior, o que os coloca numa condição muito especial no reino animal, ainda são membros de uma alma grupal, a dos cetáceos, e não são indivíduos independentes.

Contemporâneo de Linneus, Goethe, no século 18, percebeu que existe uma unidade entre as várias espécies de animais, apesar das diferenças catalogadas por Linneus. Goethe intuiu que cada espécie animal é como se fosse parte de um Grande Todo, um fragmento de algo maior, a especialização ou particularização de um grande conjunto, sujeito a metamorfoses e a variações de todos tipos. A mesma coisa que os antigos alquimistas chamavam de microcosmos, ou seja, Anthropos – o “Homem Universal”.

Podemos então admitir que o Homem seja uma criatura central entre os animais, a forma para a qual convergem os traços de todas as espécies, como uma síntese extremamente sutil.

Este antropocentrismo de Goethe não é o mesmo que o antropocentrismo negativo e arrogante do utilitarismo materialista – o qual justifica o uso dos animais, pois estes assim julgados por esta corrente de pensamento, teriam sido criados somente para servir o Homem.

É um antropocentrismo positivo, pois busca um elo entre o Homem e os Animais considerando estes como etapas, particularizações do Homem.

O antropocentrismo materialista parte do pressuposto, ao contrário da visão de Goethe, de que há uma enorme distância, um abismo entre os dois reinos, estando o Homem não apenas no centro, mas acima, dotado do direito de desfrutar dos objetos à sua volta.

Filed Under: Conhecer-se, Os Quatro Reinos na Natureza

Os quatro reinos na natureza – O Reino Humano

8 de dezembro de 2020 by Elsbeth Willecke

É muito comum a concepção de que o homem é um animal evoluído e, portanto, não deixa de ser um animal. Muito dessa ideia devemos à Darwin. Ela é análoga à afirmação de que as os animais são Plantas que evoluíram, portanto, também são plantas. Assim como os Animais não são Plantas, mesmo que tenham passado por uma etapa evolutiva caracteristicamente vegetal – como ainda são as formas mais simples de vida animal –, o Homem também não é um animal, mesmo que tenha passado por formas evolutivas equivalentes às formas de animais que vemos hoje.

É importante que saibamos enxergar o Unus Mundus, a Grande Unidade, entre todas as formas de Vida. Isto é necessário para podermos compreender como cada uma destas formas é a transformação de uma outra. Mas, por outro lado, também é importante que saibamos perceber a distinção entre uma forma de Vida e outra, para que tenhamos a consciência das diferenças qualitativas que existem entre as várias manifestações de Vida.

Por um lado, há uma grande Unidade entre o Homem e todos os outros reinos, pois como dissera Goethe, ele é a síntese de todas as espécies. O Homem reúne em si tudo aquilo que nos reinos Animal e Vegetal, se encontra separado, sob a forma de diferentes espécies. O Homem é o que os alquimistas chamavam de Microcosmos, todo um pequeno universo, uma miniatura de tudo aquilo que acontece na Grande Natureza. No Homem encontramos o seu próprio Unus Mundus.

Justamente por isso, o Homem é algo especial perante a natureza que o criou. Um Animal, uma Planta, um Mineral, serão sempre uma parte de algo maior, mas o Homem pode ser, e é, um Todo em si mesmo, embora faça parte de algo maior do que ele próprio, que é a Humanidade, que é o Universo.

O fator que faz com que o Homem seja isoladamente um Todo em si mesmo é aquilo que ele tem, e que animal algum jamais terá, a INDIVIDUALIDADE, o que quer dizer indivisível.

Um animal, como vimos, é parte de uma Alma Grupal, que configura sua espécie. Um Homem tem a sua própria Alma Individual, ao mesmo tempo em que todo o Universo se reproduz “personalizado”, através dos vários Arquétipos Cósmicos reunidos dentro dele.

A ideia que fazemos de SER HUMANO é uma aquisição bastante recente na história da Cultura Humana. Entre muitos povos antigos, os estrangeiros eram bárbaros que não pertenciam ao mundo dos Homens, ou eram menos humanos. Outros povos achavam que as mulheres não eram humanas ou eram criaturas sub-humanas.

Após as grandes navegações do século 15, quando os europeus estabeleceram colônias na Ásia e na África, nas ilhas da Polinésia, na Oceania, muitos discutiam se os nativos destes locais seriam ou não humanos, e, caso não, se seriam então antropoides. Até o Século 19, naturalistas ingleses, franceses e alemães colecionavam crânios de polinésios e africanos para o estudo de uma importante disciplina nas universidades, a anatomia animal comparada. Em alguns casos se levavam espécimes vivos para observação. Uma pequena comunidade de nativos de uma ilha da Polinésia foi inteiramente importada para os estudiosos da Europa, deixando a aldeia despovoada.

Este tipo de mentalidade colonial, de antropocentrismo racial, está também por trás dos genocídios cometidos contra as populações indígenas das Américas, na política escrava dos brancos dos séculos passados, e no antissemitismo hitlerista, entre outros absurdos.

O que, afinal, é o Homem?

Plotino, no século 1 a.C., tentou definir o Homem da seguinte maneira: “o lugar do Homem está entre os deuses e as feras; ele tende às vezes para um lado às vezes para o outro; assim alguns homens se assemelham aos deuses e outros às feras, e a maioria se mantém no centro”.

Duns Scotus, no século 9 d.C., colocou o Homem como uma síntese da Criação: “não sem razão o Homem foi denominado a oficina de todas as criaturas: de fato todas as criaturas estão nele contidas. Ele entende como um anjo, raciocina como um Homem, sente como um animal irracional, vive como um germe, constitui-se de alma e corpo e não carece de nenhuma coisa criada”.

Rudolf Steiner afirmou, perfeitamente em sintonia com as tradições ocultas de todos os tempos, que o destino futuro do Homem, seria o de tornar-se uma “décima hierarquia”, além das nove formadas pelos Anjos, Arcanjos, Arqueus, Tronos, Serafins, etc, que poderia ser denominada “Hierarquia dos Espíritos da Liberdade”. A missão do Homem seria a de insuflar o Espírito da Liberdade no Universo em futuras etapas da Criação, quando o Homem também será um Criador.

O Homem só pode ser um Espírito da Liberdade a partir do momento em que se torna Consciente, porque uma criatura inconsciente não pode optar livremente, só o pode instintivamente por necessidade da Natureza e não por escolha pessoal. Esta possibilidade humana da escolha livre e consciente foi uma aquisição evolutiva do Homem, foi justamente o que o caracterizou como HOMEM.

Assim, cidadão de dois mundos, o Mundo Natural e o Mundo Celeste, o Homem elabora seu próprio mundo, através da cultura, dos referenciais simbólicos que cria, para que assim possa se orientar e compreender o Universo tanto interior como exterior. O Homem não apenas vive, mas também, “à imagem e semelhança do seu Criador”, cria Arte, Filosofia, Ciência, Religião. Elabora regras sociais de convívio, procura a Beleza e a Verdade, o sentido real das coisas.

Ele também destrói, guerreia, assassina, serve às forças do caos e cai na mais profunda irracionalidade.

Mas o Homem também pode ser divino, artista, músico, poeta, mestre de ideias, bondoso, belo e generoso. É quando, então, o Homem é verdadeiramente Homem.

O Homem Vitruviano

Na imagem do Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci, podemos observar a sobreposição de dois homens com naturezas distintas – O CIDADÃO DE DOIS MUNDOS.
O Homem Cósmico, com os braços e pernas abertas dentro do Círculo, simbolizando sua natureza espiritual, e o Homem em forma de Cruz, dentro do Quadrado, simbolizando sua natureza terrena.

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Orquídeas de Verão

8 de fevereiro de 2020 by Elsbeth Willecke

As orquídeas no Verão são desafiadas pelo calor e sofrem com a desidratação típicas da estação. Nos dias atuais observamos ainda as mudanças climáticas em ação. Com isso elas sofrem queimaduras nas folhas e as flores duram menos, porque ficam desidratadas.

Então o cuidado precisa ser redobrado, exige mais atenção e observação. Percebemos que as orquídeas instaladas nas árvores continuam sem grandes problemas, com a natureza se encarregando dessas transformações climáticas…

No calendário do nosso orquidário, o Verão é o tempo de cuidar das orquídeas que florescem no Outono e no Inverno. É preciso higienizar as folhas, trocar eventuais substratos, prestar atenção na incidência do sol e, eventualmente, trocar as plantas de lugar, com muita atenção às regas, que agora devem ser mais frequentes.

  • Orquídeas do Verão

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